Prisão das Ruínas
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Prisão das Ruínas
Prisão das Ruínas
O antigo presídio da Colina fora reaberto empós a queda das Montanhas Altas e, por consequência, da prisão Orsova. O local resume-se numa única torre, fétida e decrépita, que se elevava a perder de vista. Para entrar em seu interior, faz-se necessário a submissão da varinha a um ser que se oculta por sob um manto nigérrimo e carcomido, por sob seu manto, vislumbra-se dois globos vítreos e esverdeados, que não revelavam a aparência de um ser vivo. Ao adentrar o recinto de tijolos à vista, uma sensação enregelada propaga-se através da espinha: um dementador ocupa cada uma das arestas dos andares, imóveis e aterrorizantes, sugando o derradeiro resquício remanescente de felicidade em cada um dos prisioneiros; somando-se a isto, uma trupe de trasgos montanheses adultos vagueia pelas imediações, ostentando um bastão pesado e ornamentado com pontas afiadas e enferrujadas. Cada cela, destinada a um único detento, contém um sanitário incrustado de sujeira, um colchão de palha e um jarro de ferro contendo água, que se enche periodicamente; as refeições são servidas duas vezes ao dia, uma de manhã e outra à noite, resumindo-se a sopa e restos de animais putrefatos, preparados pelas inábeis mãos de uma cozinheira desvairada. Ascendendo através de uma escadaria móvel e que desaparece caso a pessoa não tenha autorização à subida, chega-se a andares similares, dando a impressão de que nunca se sai do lugar; os últimos andares, contudo, são compostos de celas que não possuem paredes, proporcionando ao presidiário uma sensação de frio, pois os ventos são constantes e fortes, e medo, nada menos que vinte milhas de altura. Entrementes, da mesma forma que a construção se ascende, ela desce pela terra, desde que a pessoa conheça a senha secreta de permissão – um calabouço se revela e uma escada em espiral desce interminavelmente, cada vez mais fundo; estas celas são dedicadas aos prisioneiros de grande periculosidade: cada uma delas é iluminada por uma vela precária e vacilante, que muitas vezes apaga-se, mergulhando o recinto numa escuridão impenetrável. Seres de hábitos notívagos residem no lugar e servem de vigia aos prisioneiros, mesmo que isso não seja necessário, uma vez que não se conhece pessoa que não tenha enlouquecido ali embaixo, sem acesso à luz do sol e sobrevivendo de oxigênio muitas vezes escasso.
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