Praça Central

Praça Central

A Praça Central d'A Colina Agourenta era uma grande área circular cheia de verde, atraente até o caos se instaurar. Banquinhos vermelhos estavam dispostos aleatoriamente por sua extensão, o que já foi o melhor lugar para o encontro de casais. Uma máquina de algodão doce chamava a atenção, já vazia. Em um dos cantos, uma estátua humana em forma de um vendedor já idoso, com um largo sorriso no rosto, era capaz de encher balões multicoloridos usando mecânica e entregá-los à quem desejasse, claro, apenas quando uma moeda era depositada num pequeno feixe de seu paletó. O lago cortava a Praça Central, dividindo-a ao meio, sendo possível a travessia por intermédio de uma pequena ponte de madeira. Ainda assim, pedalinhos em forma de cisne eram utilizados para um divertido passeio nas águas; como tudo ao redor, estes se tornaram inúteis depois da catástrofe. O chão era enfeitado por pequenos ladrilhos que variavam entre branco e preto, dando charme e elegância ao ambiente, senão por conta das rachaduras causadas pelo tempo e pela poeira que infestava todo o chão. Do lado esquerdo da Praça, um pequeno palco coberto por um telhado triangular e cercado por madeiras que imitavam o estilo de uma sacada rústica poderia ser notado. Este, talvez pela falta de reparos, tinha parte dos tijolos enfraquecidos e caídos. Do lado direito, uma parede de escalada, uma gangorra e um balanço eram avistados, mas suas estruturas estavam apodrecidas. O cheiro de natureza, vida e chuva já não fazia parte do cenário, dando lugar à vegetação morta e nada convidativa. O local já não passava sentimento algum, a não ser tristeza. A beleza que antes ali houvera estava morta.

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